Monge alemão, professor de Teologia, Lutero aproveitou os abusos praticados nas vendas de indulgências para denunciar publicamente as irregularidades que o clero vinha comentendo. Lutero afixou 95 teses que condenavam os abusos do clero na porta da Catedral de Wittenberg (cidade onde morava), mas só mais tarde é que percebeu o alcance de suas acusações: elas atingiam os dogmas da Igreja, pois declararam que a salvação depende só da fé e não das obras - as boas ou más ações dos fiéis. O papa a princípio não deu muita importância ao caso, mas três anos depois (1520), como Lutero refugiou-se no castelo de Warteburg, onde escreveu panfletos e traduziu a bíblia para o alemão. Muitos príncipes alemães o apoiaram porque desejavam liberta-se em seus domínios da influencia do papa e do imperador, que era católico. Tal apoio foi decisivo na vitória do luteranismo.
Esses príncipes tomaram as terras pertencentes à Igreja Católica, que passaram a ser consideradas propriedades do Estado. A pequena nobreza alemã aproveitou a oportunidade para tentar a unificação da Alemanha, sob a liderança de Von Hutten e Von Sickingen. Os camponeses também aproveitaram a ocasiam, mas para se revoltarem, em 1524. O líder deles, Thomas Müntzer, foi capturado no ano seguinte, porém a revolta contínuou, com algumas interrupções, ate 1536. Lutero, que era sustentado pelos príncipes, condenou os revoltosos.
Em 1529 reuniu-se a segunta Dieta de Spira (a primeira realizara-se em 1526), na qual tentou-se impor o catolicismo aos príncipes luteranos. Como estes se rebelassem, passaram a ser chamados de "protestantes". Em seguida, organizaram a liga militar de Smalkalde contra o imperador e seus partidários católicos. Em 1555, questão foi finalmente resolvida pela Dieta de Algsburgo: cada príncipe decidiria que religião adotar em suas terras.
Na Confissão de Augsburgo, exposta por Melanchton - que fora monge junto com Lutero - em 1530, encontram-se os fundamentos do luteranismo: a salvação não se pelas obras mas sim pela fé, pela confiança na bondade de Deus, pelo sofrimento interior. O culto religioso, muito simples - somente salmos e leituras da Bíblia -, é considerado contato direto entre Deus e o fiel, sendo dispensável o clero como "intermediário". Lutero conservou apenas dois dos sete sacramentos da religião católica: batismo e eucaristia ou comunhão. Mesmo assim, na eucaristia acreditava apenas na presença de Jesus no pão e no vinho, e não na transformação do pão e do vinho no corpo e no sangue de Cristo, como os católicos acreditavam.
ARRUDA, José Jobson. História Moderna e Contemporânea.
Esses príncipes tomaram as terras pertencentes à Igreja Católica, que passaram a ser consideradas propriedades do Estado. A pequena nobreza alemã aproveitou a oportunidade para tentar a unificação da Alemanha, sob a liderança de Von Hutten e Von Sickingen. Os camponeses também aproveitaram a ocasiam, mas para se revoltarem, em 1524. O líder deles, Thomas Müntzer, foi capturado no ano seguinte, porém a revolta contínuou, com algumas interrupções, ate 1536. Lutero, que era sustentado pelos príncipes, condenou os revoltosos.
Em 1529 reuniu-se a segunta Dieta de Spira (a primeira realizara-se em 1526), na qual tentou-se impor o catolicismo aos príncipes luteranos. Como estes se rebelassem, passaram a ser chamados de "protestantes". Em seguida, organizaram a liga militar de Smalkalde contra o imperador e seus partidários católicos. Em 1555, questão foi finalmente resolvida pela Dieta de Algsburgo: cada príncipe decidiria que religião adotar em suas terras.
Na Confissão de Augsburgo, exposta por Melanchton - que fora monge junto com Lutero - em 1530, encontram-se os fundamentos do luteranismo: a salvação não se pelas obras mas sim pela fé, pela confiança na bondade de Deus, pelo sofrimento interior. O culto religioso, muito simples - somente salmos e leituras da Bíblia -, é considerado contato direto entre Deus e o fiel, sendo dispensável o clero como "intermediário". Lutero conservou apenas dois dos sete sacramentos da religião católica: batismo e eucaristia ou comunhão. Mesmo assim, na eucaristia acreditava apenas na presença de Jesus no pão e no vinho, e não na transformação do pão e do vinho no corpo e no sangue de Cristo, como os católicos acreditavam.
ARRUDA, José Jobson. História Moderna e Contemporânea.